DSS #009 | Ruído no ambiente de trabalho: um risco silencioso para a saúde

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Ruído no ambiente de trabalho: um risco silencioso para a saúde

O barulho excessivo é um dos principais inimigos da saúde ocupacional e, muitas vezes, passa despercebido na rotina de trabalho. Máquinas, ferramentas e equipamentos podem gerar níveis de som que ultrapassam os limites seguros, expondo trabalhadores a consequências graves e, em muitos casos, irreversíveis.

A perda auditiva é o efeito mais conhecido da exposição contínua ao ruído, mas não é o único. Dependendo da intensidade, da frequência, do tempo de contato e até da idade da pessoa, o impacto pode variar de uma simples dificuldade momentânea de ouvir até a surdez definitiva.

Tipos de perda auditiva relacionada ao ruído

Surdez temporária
Acontece após certo tempo em contato com ruídos altos. Embora passageira, ela serve como alerta. Se a exposição continuar de forma repetida, o quadro pode evoluir para algo permanente.

Surdez permanente
É a perda definitiva da audição, resultado de anos de exposição a sons intensos sem o uso de proteção adequada. Nesse caso, não há como reverter o dano.

Trauma acústico
Ocorre de forma repentina, geralmente causado por explosões ou impactos muito fortes. Pode provocar perfuração no tímpano e gerar tanto perda temporária quanto permanente.

Limites de tolerância ao ruído

Na prática, quanto mais alto o som, menor deve ser o tempo de exposição sem riscos sérios à saúde. Os chamados limites de tolerância servem como referência para o tempo máximo que um trabalhador pode permanecer exposto sem proteção.

Porém, quando o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como abafadores ou protetores auriculares, é aplicado corretamente, o nível de exposição deve ser recalculado.

Um exemplo simples: se o ambiente apresenta 90 decibéis (dB) e o protetor utilizado possui atenuação de 15 dB, o trabalhador, na prática, estará exposto a 75 dB. Esse valor está abaixo do limite considerado seguro para uma jornada de trabalho, que é de 85 dB.

A importância da prevenção

O ruído é um inimigo invisível e cumulativo. Muitas vezes, os efeitos não aparecem de imediato, mas se acumulam ao longo dos anos até se tornarem irreversíveis. Por isso, adotar medidas de controle e proteção é fundamental: manutenção dos equipamentos, monitoramento do nível sonoro e uso correto dos EPIs são práticas indispensáveis para preservar a saúde auditiva.

Cuidar da audição é também cuidar da qualidade de vida e da segurança no trabalho. Afinal, quem escuta melhor, trabalha com mais atenção, evita acidentes e garante um futuro com mais saúde.

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